Arquivo do mês: março 2014

Atiçando o sonho alheio

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A ilha de Fernando de Noronha/PE é mesmo uma pintura da natureza. Águas cristalina de um azul fora do comum; Geografia de origem vulcânica coberto por uma vegetação que lembra as agruras do sertão nordestino e tudo temperado por um Sol equatoriano de rachar a moleira dos desavisados. E é para lá que há 25 anos velejadores de todo o Brasil apontam a proa dos seus veleiros como participantes da Refeno – Regata Recife/Fernando de Noronha. A ilha maravilha está sempre pronta para uma pose a mais diante das lentes de fotógrafos ávidos por um detalhezinho esquecido na foto anterior e foi dai que me chegou essas imagens belíssimas, enviadas pelo amigo/velejador/aviador e violonista de mão cheia Tiago Menezes, comandante em chefe do veleiro baiano de nome instigante, Nimbus. Elas foram captadas lá das alturas de um ângulo incomum, como bem disse o Tiago, mais precisamente da cabine de comando de um moderníssimo e possante Boeing.

O Sextante

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Sextante é um instrumento elaborado para medir a distância angular entre um astro e a linha do horizonte. Na navegação marítima ele é de grande importância, pois permite que um navegante bem treinado consiga tirar uma posição com bastante exatidão. O sextante surgiu em 1757 e há mais de duzentos anos se tornou um símbolo da navegação.

Hoje com o advento dos modernos GPS, o aparelhinho espelhado, e por isso mesmo apesar de simples muito frágil, tem ficado jogado dentro das maletas, mas vez por outra aparece um saudosista para ressuscitar sua história.

Dizem que ele ainda faz parte da lista de equipamentos obrigatórios nos grandes navios comerciais e nas frotas militares e fico feliz que seja apenas por lá, pois utilizar o aparelhinho espelhado a bordo de um veleiro de oceano é um Deus nos acuda.

Na prova para tirar carteira de Capitão Amador à autoridade marítima exige conhecimento dos segredos e cálculos sobre navegação astronômica e é justamente ai que o bicho pega. Os astros e seus cálculos de exatidão já tirou a alegria de muita gente boa.

Certa vez embarcamos um amigo que conhece tudo sobre sextante e astronomia para uma viagem até a ilha de Fernando de Noronha. Ele chegou a bordo e foi logo dizendo: Comandante, não vai ser preciso utilizar o GPS, pois as nossas posições tirarei pelo sextante. Respondi que tudo bem, mas decidi comprar mais uma boa quantidade de pilhas para alimentar o GPS. Quem vai ao mar avia-se em terra!

Nem bem saímos na boca da barra da cidade de Recife o caboclo já disse para que veio e o sextante não saiu do saco. Enquanto esperava ele se recuperar liguei o GPS e como ele não se recuperou só desliguei o bicho em Noronha. Ainda bem que comprei mais pilhas.

Estou eu em Salvador e me liga Elson Fernandes, Mucuripe, o mesmo que havia ido para Fernando de Noronha, querendo fazer um passeio pela Baía de Todos os Santos até a Barra do Paraguaçu. Respondi que podia vir e marcamos dele embarcar na Ilha de Itaparica. Ele foi logo dizendo que traria o sextante e que dessa vez a história tomaria outro rumo. Pois bem!

Elson Mucuripe, como ele é mais conhecido é um grande amigo, grande figura humana e dono de uma prosa e musicalidade acima da média, mas como tirador de ângulo é uma graça. Assim que levantamos âncora de Itaparica ele pegou o sextante para tirar a posição. Olhou, anotou, tornou a olhar, fez algumas contas e guardou o aparelhinho. Como quem não quer nada, mas querendo, perguntei sobre a nossa posição e ele respondeu: Acho que vou ter que refazer os cálculos mais tarde, pois por enquanto estamos na costa da Namíbia. Aonde homem do céu? Foi uma gargalhada geral a bordo.

Ancoramos na Barra do Paraguaçu com o Sol nos proporcionando um belo espetáculo no crepúsculo e depois de registrar aquele belo visual, desembarcamos para jantar na casa de Seu Lídio, um outrora comandante pelos mares da Bahia e padrinho da esposa do Mucuripe. Logo após o jantar, onde foi servida uma deliciosa moqueca de siri, lá vem o Mucuripe, meio que desconfiado e com os novos cálculos feitos, reafirmando que realmente naquela tarde estávamos navegando na costa africana. Danou-se! Ainda bem que tenho meu GPS.

Depois do jantar eu e Lucia voltamos para o Avoante e combinamos outra velejada para o dia seguinte, dessa vez até Salinas da Margarida, mas antes de sair iriamos tomar café na casa do Sr. Lídio. Assim que cheguei o Mucuripe me apresentou novos cálculos e dessa vez a coisa estava bem encaminhada, pois havia um erro de “apenas” oito milhas náuticas. Ah bom, pensei que nunca mais iria me achar dentro da Baía de Todos os Santos.

Como Salinas da Margarida fica a pouco mais de quatro milhas náuticas da Barra do Paraguaçu, não foi preciso o uso do sextante e para garantir que iriamos em segurança, entreguei o leme ao capitão de longo curso Lídio, e entre uma visada e outra fui me divertindo com a prosa do Elson Mucuripe e me deliciando com as histórias e experiência vividas pelo comandante Lídio.

Elson garante que um dia ainda vai cruzar os mares do mundo munido apenas de um sextante e uma bússola. Eu não tenho dúvida disso, pois apesar do desnorteamento que passamos, ele é um grande estudioso da navegação astronômica.

Namíbia! Se oriente homem!

Nelson Mattos Filho/Velejador

Barra do Paraguaçu, um lugarzinho gostoso

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Barra do Paraguaçu, um belo, gostoso e tranquilo recanto do litoral baiano. Mais um lugar para você anotar no livrinho dos lugares a serem visitados antes que a vontade de virar o mundo passe.  

A Tempestade – Parte 16

Michael Gruchalski (2)Depois de quase um verão inteiro de silêncio o velejador Michael Gruchalski colocou novamente a Tempestade para moer a nossa curiosidade, pois eu já não sabia mais o que responder aos que me perguntavam se a borrasca havia acabado. Tomara que ele não resolva entrar em estado de hibernação durante o outono. 

A TEMPESTADE

RECUPERANDO FORÇAS

Agora entendo porque algumas pessoas não devem ir para o mar.

Agora entendo porque outras, depois de passar por aquilo adotam uma religião, outras envelhecem dez anos e, outras ainda, com receio de serem tachados de mentirosos, calam-se para todo o sempre. O que dizer de navegadores de mares verdadeiramente perigosos e assustadores? Gente que diz ter passado dias, dias e dias no meio de uma tempestade com ondas de oito, doze metros de altura, verdadeiras massas líquidas em movimento, temperaturas subantárticas congelando nariz, orelhas e pontas dos dedos? Sozinhas, no cockpit, segurando o leme, o corpo doído, enrijecido, o olho fixo no mar para não atravessar a próxima onda. Sem comer, sem dormir, sem urinar? Ou comendo frutas, dormindo de olhos abertos e fazendo xixi nas calças para esquentar os fundilhos. Tudo isso, por dois, três longos dias e noites? Num veleiro, em situações de stress agudo, muda o comportamento dos órgãos. O intervalo entre as necessidades fica muito mais espaçado. O volume de urina cai ridiculamente para poucos pingos. E eu soube que, em situações de stress prolongado, consegue-se ficar mais de uma semana sem sentar no trono. Isso sem contar a falta de higiene e banho. Os sentidos aguçam na direção das necessidades imediatas de sobrevivência.

Qual a diferença entre esses super-homens que se aventuram em roteiros e mares impossíveis e nós, velejadores normais? A diferença está em que eles não têm medo de morrer. É isso. Ai está a diferença. Essa gente não tem medo de morrer. Essa gente pode até afirmar que o importante é ter um barco de boa qualidade e tamanho, equipado com toda a parafernália de eletrônicos e itens de segurança mas, no fundo, sabem que mesmo isso pode não ser suficiente. Eles sabem, repito, que quando a natureza decide que é hora do show, é hora do show….

Navegam e não lamentam estar por perto na hora do show. Porque não têm medo. De morrer.

Vento? Chuva? Trovões? Isso é só confete, serpentina e lança-perfume de um baile de carnaval. Não alteram as coisas, afetam apenas os sentidos, impressionam. Nesse mesmo baile, ondas e relâmpagos são a bebida excessiva que leva o folião a nocaute. Ondas de dois a três metros, pequenas, desencontradas, nervosas, nascidas prematuramente por vontade de um ventão tropical repentino e mal humorado são mais perigosas e, principalmente, traiçoeiras, do que aqueles vagalhões com tamanho de cinco locomotivas, lentas e pesadas formadas por ciclones em latitudes setentrionais ou abaixo das “forties”. Relâmpagos que parecem nascer da água, a poucos metros do barco, carregam energia suficiente para reduzir barco e tripulação a pó. Das duas, qual a mais perigosa? Haveria uma forma de comparação? Não acredito que haja. Além disso, como tantas coisas na vida, comparações nesse nível pouco valem quando analisadas em terra, fora do baile ou distantes do show, protegidos dos elementos que desencadeiam aqueles fenômenos. Melhor ou pior, tudo depende de como cada um recebe e aceita as situações. E do discernimento e capacidade de ser honesto quando divulgar suas lembranças e impressões.

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Colisão no mar de Alagoas

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Uma notícia vinda lá das Alagoas, terra dos irmãos Buenos Ayres, da tripulação amiga do Anakena e da turma boa da Federação Alagoana de Vela e Motor, dá conta de uma colisão em alto-mar que deixou dois pescadores à deriva. Os pescadores foram resgatados na manhã da última Sexta-Feira, 28/03, depois de cinco horas, por outro barco de pesca, em avançado estado de esgotamento físico. Contaram que realizavam pesca noturna quando a embarcação em que estavam foi abalroada por um veleiro que seguiu viagem no escuridão da noite sem lhes prestar socorro. A Capitania dos Portos de Alagoas abriu inquérito para averiguar o caso. Veja a matéria no site da TNH 1 UOL.

Barcos colidem em alto-mar e pescadores ficam mais de 5 horas à deriva

  

Notícia dos mares da literatura

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E o livro Diário do Avoante continua sua navegada pelos mares das letras e agora aportou no blog da livraria 30porcento.com.br com a crítica literária assinada pela velejadora Isabela Gaglianone, veleiro Odô Iyá. O texto começa assim:

“Desfazer-se de uma vida citadina

para ser um cidadão cosmopolita

de outra maneira: pelo mundo, a

bordo de um veleiro…”

Click no link a seguir e confira na integra o texto de Isabela: Livraria 30porcento  

O Código Q

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Recebi do amigo Epaminondas Carlos, veleiro Miroca, que posa na foto ao lado da esposa Eliane, a tabela com o Código Q. Epa, como é ele mais conhecido, além de grande velejador e também um apaixonado pela rádio comunicação e pediu para presentear os leitores do blog com essas informações copiadas do Wikipédia.

 
O Código Q é adotado internacionalmente pelas Forças Armadas e trata-se de uma coleção padronizada de três letras, todas começando com a letra “Q”, inicialmente desenvolvida para comunicação radiotelegráfica comercial, e posteriormente adotada por outros serviços de rádios, especialmente o radioamadorismo. Apesar de os códigos Q terem sido criados quando o rádio usava apenas o código Morse, eles continuaram a ser empregados depois da introdução das transmissões por voz. Para evitar confusão, sinais de chamadas têm sido frequentemente limitados a restringir sinais começando com “Q” ou tendo uma sequência de três Q embutidos.

O código Q, original foi criado aproximadamente em 1909 pelo governo britânico, como uma “lista de abreviações, preparadas para o uso dos navios britânicos e estações costeiras licenciadas pela Agência postal geral”. O código Q facilitou a comunicação entre operadores de rádios marítimos que falam línguas diferentes, por isso sua rápida adoção internacionalmente. Um total de quarenta e cinco códigos Q aparecem na “lista de abreviações para serem usadas na radiocomunicação”, que foi incluída no serviço de regulamentação anexo à Terceira convenção internacional de radiotelegrafia. A convenção aconteceu em Londres e foi assinada em 5 de julho de 1922, tornando-se efetiva em 01 de julho de 1913.

Os códigos Q compreendidos entre QAA-QNZ são reservados para uso aeronáutico; QOA-QOZ para uso marítimo; QRA-QUZ para todos os serviços.

Código Pergunta Resposta ou informação
QAP Está na escuta? Permaneça na escuta ou estou na escuta
QAM Qual é a condição meteorológica? Aqui a condição meteorológia é …
QRA Qual o nome operador? O meu nome é …
QRB A qual distância aproximada você está da minha estação? A distância aproximada entre nossas estações é… milhas náuticas (ou quilômetros)
QRC Que organização particular (ou administração estadual) liquida as contas de sua estação? A liquidação das contas da minha estação está sob o encargo da organização particular… (ou da administração estadual…)
QRD Aonde vai e de onde vem? Vou a… e venho de…
QRE A que horas pensa chegar a… (ou estar sobre…) (lugar) Penso chegar a…(lugar) (ou estar sobre…) às… horas.
QRG Qual é minha frequência exata (ou frequência exata de…)? Sua frequência exata (ou frequência exata de…) é… kHz (ou… MHz).
QRH Minha frequência varia? Sua frequência varia.
QRI Como é a tonalidade de minha estação? A tonalidade de sua estação é:

  1. Boa
  2. Variável
  3. Ruim
QRJ Quantas chamadas radiotelefônicas você tem para despachar? Eu tenho … chamadas radiotelefônicas para despachar.
QRK Qual a clareza dos meus sinais (ou de…) ? A clareza de seus sinais (ou dos sinais de) é:

  1. Ruim
  2. Pobre
  3. Razoável
  4. Boa
  5. Excelente
QRL Você está ocupado? Estou ocupado (ou ocupado com…).

Favor não interferir

QRM Está sendo interferido? Sofre interferência:

  1. Nulas
  2. Ligeira
  3. Moderada
  4. Severa
  5. Extrema
QRN Está sendo perturbado por estática? Estou sendo perturbado por estática:

  1. Não
  2. Ligeiramente
  3. Moderadamente
  4. Severamente
  5. Extremamente
QRO Devo aumentar a potência do transmissor? Aumente a potência do transmissor.
QRP Devo diminuir a potência do transmissor? Diminua a potência do transmissor.
QRQ Devo transmitir mais depressa? Transmita mais depressa (…palavras por minuto).
QRR Está pronto para operação automática? Estou pronto para operação automática. Transmita à… palavras por minuto.
QRS Devo transmitir mais devagar? Transmita mais devagar (… palavras por minuto).
QRT Devo cessar a transmissão? Cesse a transmissão.
QRU Tem algo para mim? Não tenho nada para você.
QRV Está preparado? Estou preparado.
QRW Devo avisar a… que você o está chamando em … kHz(ou…MHz). Por favor, avise … que o estou chamando em …kHz(ou …MHz).
QRX Quando você chamará novamente? Eu o chamarei novamente às… horas, em …kHz(ou …MHz).
QRY Qual a minha ordem de vez?

(Refere-se a comunicação)

É número …(ou de acordo com qualquer indicação)

(Refere-se a comunicação)

QRZ Quem está me chamando? Você está sendo chamado por … em… kHz (ou … MHz).
QSA Qual a intensidade de meus sinais(ou dos sinais de…)? A intensidade dos seus sinais (ou dos sinais de …) é:

  1. Apenas perceptível
  2. Fraca
  3. Satisfatória
  4. Boa
  5. Ótima
QSB A intensidade de meus sinais varia? A intensidade de seus sinais varia.
QSC Sua embarcação é de carga? Minha embarcação é de carga.
QSD Minha manipulação está defeituosa? Sua manipulação está defeituosa.
QSE Qual o deslocamento estimado da embarcação de salvamento? O deslocamento estimado da embarcação de salvamento é … (números e unidades).
QSF Você realizou o salvamento? Eu realizei o salvamento e estou seguindo para a base … (com … pessoas feridas necessitando ambulância).
QSG Devo transmitir … telegramas de uma vez? Transmita … telegramas de uma vez.
QSH Você é capaz de retornar usando seu equipamento radiogoniométrico? Eu sou capaz de retornar usando meu equipamento radiogoniométrico.
QSI Não consegui interromper a … (indicativo de chamada). Sua transmissão ou informe que não conseguir interromper sua transmissão em …kHz (ou … MHz).
QSJ Qual a taxa a ser cobrada para … incluindo sua taxa interna? A taxa a ser cobrada para … incluindo a minha taxa interna é … francos, ou reais, ou dólares … ou simplesmente referindo-se a um valor em dinheiro.
QSK Pode ouvir-me entre seus sinais, em casa afirmativo, posso interromper sua transmissão? Posso ouvi-lo entre meus sinais: pode interromper minha transmissão.
QSL Pode acusar recebimento? Acuso recebimento.
QSM Devo repetir o último telegrama que transmiti para você (ou algum telegrama anterior)? Repita o último telegrama que você enviou para mim(ou telegrama(s) número(s)…).
QSN Escutou-me ou …(indicativo de chamada) em …kHz (ou …MHz)? Escutei-o ou …(indicativo de chamada) em …kHz (ou …MHz)
QSO Pode comunicar-me diretamente (ou por retransmissão) com…? Posso comunicar-me diretamente (ou por retransmissão) com… .
QSP Quer retransmitir gratuitamente a …? Vou retransmitir gratuitamente a… .
QSQ Há médicos ou Enfermeiros a bordo ou … (nome da pessoa) a bordo? Há médicos ou Enfermeiros a bordo ou … (nome da pessoa) a bordo.
QSR Devo repetir a chamada na frequência de chamada? Repita a chamada na frequência de chamada: não ouvi você (ou há interferência).
QSS Que frequência de trabalho você usará? Usarei a frequência de trabalho de …kHz (normalmente basta indicar os três último algarismo da frequência).
QSU Devo transmitir ou responder nesta frequência ou em …kHz(ou … MHz) com emissões do tipo…? Transmita ou responda nesta frequência ou em …kHz(ou … MHz) com emissões do tipo… .
QSV Devo transmitir uma série de “v” nesta frequência ou em … kHz(ou … MHz)? Transmita uma série de “v” nesta frequência ou em … kHz(ou … MHz)?
QSW Vai transmitir nesta frequência ou em … kHz (ou … MHz) (com emissão do tipo …)? Vou transmitir nesta frequência ou em … kHz (ou … MHz) (com emissão do tipo …),
QSX Quer escutar a … (indicativo de chamada) em … kHz ( ou … MHz)? Estou escutando a … (indicativo de chamada) em … kHz ( ou … MHz)?
QSY Devo transmitr em outra frequência? Transmita em outra frequência ou em … kHz (ou… MHz).
QSZ Tenho que transmitir cada palavra ou grupo mais de uma vez? Transmita cada plavra ou grupo duas vezes (ou … vezes).
QTA Devo cancelar o mensagem número …? Cancele o mensagem número … .
QTB Concorda com minha contagem de palavras? Eu não concordo com sua contagem de palavras; vou pedir a primeira letras ou dígito de cada palavra ou grupo.
QTC Quantos recados para transmitir? Tenho … recado transmitir (ou para …).
QTD O que recolheu o barca ou a aeronave de salvamento? … (identificação) recolheu:

  1. … (número) sobreviventes.
  2. … restos de naufrágio.
  3. … (número) de cadáveres
QTE Qual a minha orientação com relação a você? ou

Qual a minha orientação com relação a … (indicativo de chamada)

Sua orientação verdadeira com relação a mim é… grau as… horas ou

A orientação verdadeira de …(indicativo de chamada) com relação a … (indicativo de chamada) era de … grau as … horas.

QTF Quer indicar a posição de minha estação de acordo com as orientações tomadas pelas estações refiogoniométricas que você controla? A posição de sua estação de acordo com as orientações tomadas pelas estações radiogoniométricas que, eu controlo era … latitude, … longitude, (ou outra indicação de posição) tipo… às … horas.
QTG Quer transmitir dois traços de 10 segundos cada, seguidos de seu indicativo de chamada (repetindo … vezes) em kHz(ou …MHz)?

Quer pedir dois traços de 10 segundos cada, seguidos de seu indicativo de chamada (repetindo … vezes) em kHz(ou …MHz)?

Vou transmitir dois traços de 10 segundos cada, seguidos de seu indicativo de chamada (repetindo … vezes) em kHz(ou …MHz).

Pedi dois traços de 10 segundos cada, seguidos de seu indicativo de chamada (repetindo … vezes) em kHz(ou …MHz).

QTH Qual é seu local endereço posição em latitude e longitude (ou de acordo com qualquer outra indicação)? Meu local de endereço posição é … de latitude, … de longitude(ou de acorde com qualquer outra indicação).
QTI Qual é o seu rumo VERDADEIRO? Meu rumo VERDADEIRO é … graus.
QTJ Qual a sua velocidade (refere-se à velocidade de um navio ou aeronave com relação à água ou ar, respectivamente). Minha velocidade é de … nós (ou quilômetros por horas, ou milhas por hora). (indique a velocidade de um navio ou aeronave através da água ou ar, respectivamente).
QTK Qual a velocidade de sua aeronave com relação à superfície terrestre? A velocidade de minha aeronave com relação à superfície terrestre ér … nós (ou quilômetros por horas, ou milhas terrestres por hora).
QTL Qual o seu rumo VERDADEIRO? Meu rumo VERDADEIRO é … graus.
QTM Qual é o seu rumo MAGNÉTICO? Meu rumo MAGNÉTICO é … graus.
QTN A que horas saiu de … (lugar)? Saí de … (lugar) às … horas.
QTO Pode comunicar-se com minha estação por meio de código internacional de sinais? Vou comunicar-me com sua estação por meio de código internacional de sinais.
QTR Qual é a hora certa? A hora certa é … horas.
QTS Quer transmitir seu indicativo de chamada para sintonizar ou para que sua frequência possa ser medida agora (ou às … horas) em … kHz (ou MHz)? Vou transmitir meu indicativo de chamada para sintonizar ou para que sua frequência possa ser medida agora (ou às … horas) em … kHz (ou MHz).
QTT O sinal de identificação que segue se sobrepõe à outra emissão.
QTU Qual é o horário de funcionamento de sua estação? O horário de funcionamento da minha estação é … horas.
QTV Devo fazer escuta por você na frequência de … kHz (ou … MHz) das … às … horas? Faça escuta por você na frequência de … kHz (ou … MHz) das … às … horas.
QTW Como se encontra os sobrevivente? Os sobreviventes se encontras em … condições e precisam urgentemente …
QTX Quer manter sua estação aberta para nova comunicação comigo até que eu o avise(ou até às… horas)? Vou manter minha estação aberta para nova comunicação com você até que me avise (ou até às … horas)
QTY Você está seguindo para o lugar do acidente? Caso afirmativo, quando espera chegar? Estou seguindo para o lugar do acidente e espero chegar às … horas em … (data).
QTZ Você continua a busca? Continuo a busca de … (aeronave, navio, dispositivo de salvamento, sobreviventes ou destroços).
QUA Tem notícias de … (indicativo de chamada)? Envio notícias de …(indicativo de chamada).
QUB Pode dar-me na seguinte ordem, informações sobre: a direção em graus VERDADEIROS e velocidade do vento na superfície; visibilidade; condições meteriológicas atuais; quantidade, tipo e altura das nuvens sobre a superfície em … (lugar de observação)? Envio informações solicitadas: (As unidades usadas para velocidade e distâncias devem ser indicadas).
QUC Qual é o número (ou outra estação) da última mensagem qe você recebeu de mim ou de … (indicativo de chamada)? O número (ou outra estação) da última mensagem recebida de você ou de … (indicativo de chamada) é … .
QUD Recebeu o sinal de urgência transmitido por … (indicativo de chamada da estação móvel)? Recebi o sinal de urgência transmitido por … (indicativo de chamada da estação móvel) às … horas.
QUE Pode usar telefonia tem … (idioma) por meio de intérprete, se possível, em quaisquer frequência? Posso usar telefonia em … (idioma) em … kHz (ou … MHz).
QUF Recebeu o sinal de perigo transmitido por … (indicativo de chamada da estação móvel)? Recebi o sinal de perigo transmitido por … (indicativo de chamada da estação móvel)?
QUH Quer dar-me a pressão barométrica atual ao nível do mar? A pressão barométrica atual ao nível do mar é …(unidades).
QUI Suas luzes de navegação estão acesas? Minhas luzes de navegação estão acesas
QUJ Quer indicar o rumo VERDADEIRO para chegar a você (ou …)? O rumo VERDADEIRO para me alcançar (ou …) … graus às … horas.
QUK Pode me informar as condições do mar observada em … (lugar ou coordenadas)? O mar em … (lugar ou coordenadas) está … .
QUL Pode me informar as vagas observadas em … (lugar ou coordenadas)? As vagas em … (lugar ou coordenadas) são … .
QUM Posso recomeçar tráfego normal? Pode começar tráfego normal.
QUN Solicito às embarcações que se encontram em minhas proximidades imediatas ou (nas proximidades de … latitude e … longitude) ou (nas proximidades de … ) favor indicar rumo VERDADEIRO e velocidade. Minha posição, rumo VERDADEIRO e velocidade são … .
QUO Devo efetuar busca de:

  1. aeronave
  2. navio
  3. embarcação de salvamento nas proximidades de … latitude, … longitude (ou de acordo com qualquer outra indicação) ?
Efetue busca de:

  1. aeronave
  2. navio
  3. embarcação de salvamento nas proximidades de … latitude, … longitude (ou de acordo com qualquer outra indicação).
QUP Quer indicar sua posição por meio de:

  1. refletores
  2. rastro de fumaça
  3. sinais pirotécnicos?
Estou indicando minha posição por meio de:

  1. refletores
  2. rastro de fumaça
  3. sinais pirotécnicos?
QUQ Devo orientar meu refletor quase verticalmente para uma nuvem, piscando se possível e, caso aviste sua aeronave, dirigir o facho contra o vento e sobre a água (ou solo) para facilitar seu pouso? Por favor, orientar seu refletor quase verticalmente para uma nuvem, piscando se possível e, caso aviste sua aeronave, dirigir o facho contra o vento e sobre a água (ou solo) para facilitar meu pouso.
QUR Os sobreviventes:

  1. Receberam equipamentos salva-vidas?
  2. Foram recolhidos por embarcação de salvamento?
  3. Foram encontrados por grupo de salvamento de terra?
Os sobreviventes:

  1. Receberam equipamentos salva-vidas?
  2. Foram recolhidos por embarcação de salvamento?
  3. Foram encontrados por grupo de salvamento de terra.
QUS Você avistou sobreviventes ou destroços? Em caso afirmativo, em que posição? Avistei:

  1. sobreviventes na água;
  2. sobreviventes em balsas;
  3. destroços na latitude …, longitude … (ou de acordo com qualquer outra informação).
QUT Foi marcado o local do acidente? A posição do acidente está marcada por:

  1. balsa flamígena ou fumígena;
  2. bóia;
  3. produto corante;
  4. … (especificar qualquer outro sinal)
QUU Devo dirigir o navio ou aeronave para minha posição? Dirija o navio ou aeronave (indicativo de chamada)?

  1. para sua posição transmitindo seu indicativo de chamada e traços longos em … kHz (ou … MHz);
  2. transmitindo em … kHz (ou MHz) o rumo verdadeiro para chegar a você.
QUW Você está na área de busca designada como … nome da zona ou latitude e longitude) ? Estou na área de busca (designação).
QUY Foi marcada a posição da embarcação de salvamento? A posição da embarcação de salvamento foi marcada às … horas por:

  1. baliza flamígena;
  2. bóia;
  3. produto corante;
  4. …(especificar qualquer outro sinal).

 

Aviso aos navegantes

Novo farol de maceioO velejador alagoano Roberto Buenos Ayres, avisa que Maceió já tem um novo farol: Farol de Jaraguá. Há muito que o Porto de Maceió precisava de um novo marco, já que a visada do antigo Farol estava totalmente tomada por edifícios. O Farol de Jaraguá está localizado na curva do cais do porto e tem as seguintes coordenadas geográficas e características:

 

Latitude: 09º 41′ 02.6″
Longitude: 035º 43′ 22.4″
Datum: WGS-84

Alcance Geográfico:
13 NM Alcance Luminoso:
15 NM Altura:
15 metros Altitude:
22 metros

Característica da Luz:
Lp (3) B Período:
12s Fase Detalhada:

B. 1,0 – Ecl. 1,0 B. 1,0 – Ecl. 1,0 B. 1,0 – Ecl. 7,0

Devia ter complicado menos…

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Para aqueles quem não tem tempo de ver o sol se pôr.

Previsões provisórias

mapservMeteorologistas reunidos em Recife/PE nos dias 20 e 21 de Março chegaram a uma conclusão que duvido muito existir algum mortal que entenda a não o que já estamos acostumados a ver. Veja reportagem copiada das páginas online do jornal Tribuna do Norte:

Meteorologistas do Nordeste atualizam as previsões climáticas

Os meteorologistas do Nordeste estiveram reunidos nos dias 20 e 21, em Recife, para uma nova previsão climática da região, para o período de abril a junho. O Rio Grande do Norte esteve representado através da equipe da Gerência de Meteorologia da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (EMPARN). A previsão mostrou uma tendência para chuvas próximo da normalidade no período de abril a junho de 2014, tanto para a região norte como para o setor leste da região Nordeste.
Assim, com as análises dos parâmetros climáticos globais referentes ao mês de fevereiro de 2014 e os resultados dos principais modelos oceânicos/atmosféricos, existe uma tendência de que as chuvas para os setores Norte e Leste da região Nordeste do Brasil, durante os próximos três meses (abril, maio e junho de 2014), variem entre normal a acima da normalidade, com grande variabilidade temporal e espacial, conforme os seguintes percentuais: Normal: 45%; Acima do Normal: 35%; Abaixo do Normal: 20%. Lembrando que como poderão haver mudanças referentes aos parâmetros oceânicos/atmosféricos durante as próximas semanas, principalmente no Oceano Atlântico, é de extrema importância um monitoramento contínuo nessas regiões que possam inserir algumas mudanças no atual prognóstico.
No primeiro momento da reunião, os Estados apresentaram as condições pluviométricas referentes ao mês de fevereiro e a primeira quinzena de março de 2014, destacando a ocorrência de chuvas na categoria próxima da normalidade para os estados do Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba. Para os Estados de Pernambuco e da Bahia, enquanto que no setor leste a chuva ocorrida apresentou bons índices acumulados, no interior as chuvas apresentaram uma irregularidade bastante acentuada, evidenciando a predominância de chuvas na categoria abaixo do normal.
De acordo com o relatório final, “na primeira quinzena de março, as chuvas associadas à presença da Zona de Convergência Intertropical apresentaram uma melhor configuração, tanto nos volumes como na distribuição, principalmente nos Estado do Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba. Com relação à condição hídrica, as chuvas ocorridas até o momento ainda não provocaram mudanças significativas nos níveis de armazenamento de água nos principais reservatórios, prevalecendo alta deficiência no armazenamento de água nos principais reservatórios na região semiárida, que atualmente apresenta um armazenamento em torno de 25% a 30% da sua capacidade máxima”.
Em seguida, os meteorologistas apresentaram os parâmetros atmosféricos que influenciam diretamente na ocorrência de chuvas na região, com destaque à condição de temperatura das águas superficiais dos oceanos Atlântico e Pacífico. Essa variável, mesmo apresentando um comportamento próximo do normal, tanto no Atlântico Norte como Atlântico Sul continuou apresentando evolução favorável em relação aos meses anteriores, com o Atlântico Norte mais frio do que o Oceano Atlântico Sul.   No oceano Pacífico, as águas continuaram apresentando anomalias negativas em tono de 0,5ºC, evidenciando uma condição de neutralidade.  A próxima reunião, no mês de abril, será realizada em Maceió, com data ainda a ser definida.