Arquivo do mês: janeiro 2012

CPRN tem novo comandante

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Assumiu hoje, 24/01, a Capitania dos Portos do Rio Grande do Norte o Capitão-de-Fragata Rodolfo Gois de Almeida, rendendo o Capitão-de-Fragata Alan Kardec Mota, que agora vai assumir um posto no Ministério da Defesa. A cerimonia comandada pelo VAlte – Airton Teixeira Pinho Filho, comandante do 3º Distrito Naval, contou com presença de vários chefes militares, autoridades civis e representantes do meio náutico potiguar. 

Primeira expedição Maceió/Trindade – Martin Vaz

Ankena dia 23 21 36h (1)

A primeira expedição de veleiro largando de Maceió/AL até as ilhas brasileiras de Trindade e Martin Vaz, que divulguei aqui com o título Uma expedição arretada!, já está no mar. O Anakena, comandando por Eugênio Lisboa, tem enfrentado ventos não favoráveis, mas navega firme para o objetivo. A equipe de apoio em terra, comandada pelo alagoano Mário Engles, emite diariamente boletins informativos contando tudo o que o Anakena está enfrentado no mar. Veja o que diz o último informativo:

Prezados Amigos,
Segue o último posicionamento: O Sistema NOAA dos EUA, link
http://www.ndbc.noaa.gov/ dispõe de duas “Estações boias” no percurso.
Boia 31004 – 260 milhas ao largo de Salvador, já montada pelo través de boreste pelo Anakena, dando as seguintes informações: Ventos ESE 17 knt.
Boia 31005 – 300 milhas ao largo de Vitória do Espírito Santo, ainda não montada, dando as seguintes informações: Ventos ENE a 60º e 14 knt.
Sendo assim as previsões são de ventos mais brandos entretendo de melhor direção.
Vejam o anexo e boa noite.
Mário Engles.

Comemorando 90 mil acessos em grande estilo

almoço na granja de noronha (2)

Esse caju pode insinuar e atiçar em você mil e um desejos nesse verão. Para mim ele é a pareia perfeita para uma dose da mais pura e deliciosa cachaça nordestina, mas seu sabor inigualável, e esse estava realmente inigualável, pode apenas refrescar e adoçar a garganta enquanto apreciamos as cores do Sol. O sabor de um bom caju é de fazer sonhar e você pode até imaginar esse caju recheando um indecifrável pote de um suculento doce ou então, abrilhantando outras receitas maravilhosas. Caju é sinônimo de verão e de nordeste e ele está nesse post por dois motivos: O primeiro é para colocar mais sabor no seu verão e o segundo é para comemorar os 90 mil acessos do nosso blog. Eu imaginei degustar esse caju de diversas maneiras e todas elas deliciosas, mas para comemorar mais um degrau do Diário do Avoante, eu não me contive: Cortei em fatias e com uma dose de uma excelente cachaça, brindei os 90 mil acessos do Blog. Muito obrigado a todos vocês que fazem parte dessa conquista.  

Deixe seus fantasmas em terra

Imagens 212

Qual o motivo de velejar ser tão difícil e complicado? Eu não sei explicar e acho até que ninguém teria essa explicação, mas o que mais vemos por ai é gente procurando e criando motivos para não velejar.

Vejo pessoas sonhando em ter um veleiro e correndo todos os classificados do mundo em busca de um barco que atenda as suas necessidades. Vejo essas mesmas pessoas comprando o barco que queria e com alegria estampada no rosto, mas quando o barco chega, começam a surgir de todos os lados os motivos que impedem as velejadas tão sonhadas.

Quando isso acontece aparece ainda à figura risonha e sarcástica daquele nosso velho e mui amigo destruidor de sonhos, com o veneno na ponta da língua: “Eu não disse?”

Mas eu não quero falar do destruidor de sonhos, pois até reconheço que ele tem certa razão em alguns casos. Quero me centrar no pretenso velejador e seu lindo barquinho adquirido com todas as pompas do mundo e que está a todo pano pronto para ganhar os mares do mundo.

Tudo é motivo para a desistência da velejada de final de semana, porque muito criativa é a nossa mente. Eu já vi uma desculpa tão esfarrapada que não consegui nem balançar a cabeça, apenas pisquei os olhos para ver se estava mesmo acordado. O velejador chegou ao clube e disse: “Hoje eu não posso velejar, pois o cachorro da minha vizinha está doente e eu gosto muito daquele bichinho. Como estou muito triste, velejar hoje vai ser uma barra”

Barco não foi construído para ficar no seco e dormindo eternamente em cima de um berço. Barco foi pensado e concedido para navegar e levar e trazer conhecimentos ao homem. Sempre eu disse que barco em seco se estraga mais rápido do que na água e isso eu não tenho a menor dúvida. O Avoante quando demora um pouco mais em seco o desgaste é mais acelerado. Ressecam borrachas e cabos, quebra articulações, trava o motor, enferruja o inox, empena as madeiras e mais um monte de estripulias. Parece até que vários duendes ficam a trabalhar dia e noite.

Nada impede você de velejar a não ser seus próprios fantasmas. Ficar garimpando motivos é o pior das prisões para a não realização dos seus sonhos na água. Sei que os motivos são muitos e as correntes urbanas são fortes o bastante para lhe prender em terra, mas deixar aumentar a dívida com você mesmo é um mal que deve ser jogado nas profundezas do mar. Ficar preso pela doença de um belo cachorrinho não é justo diante da fragilidade que é a vida.

Não aceite as chantagens emocionais de familiares e outras pessoas próximas, porque eles é que estão sendo egoístas com você. Quantos finais de semana você já ficou junto deles, fazendo ou participando de festinhas e encontros que você não queria. Se eles não querem participar de sua velejada, convide amigos, chame seu vizinho, convoque seu chefe, veleje sozinho, somente assim você vai se libertando das amarras.

Esqueça a velha desculpa do almoço com a sogra, com a prima querida, com a tia rica, com o cunhado gente boa, com a comadre, com o chefe, com o filho que está dando trabalho. Deixe a missa para outra hora e não aceite que sua filha largue o netinho amado em sua casa e vá curtir o churrasco com os amigos. A vida está passando para você e seus sonhos vão sendo descartados como singelas utopias de uma mente extravagante e que não pode machucar ninguém.

Nas minhas velejadas por ai eu já vi colegas deixar de ir a casamentos de irmão justamente porque era num fim de semana, e os fins de semana ele usa para velejar. Velejar deixa a nossa alma livre para decidir, liberta nossos corações dos cadeados enferrujados com os estresses da vida. Abre a nossa mente para um mundo tão fantástico quanto imaginário. Um mundo tão real quanto à mágica do nascimento de uma vida. Faz a gente renascer para com a gente mesmo e nos obriga a olhar e apreciar os horizontes.

Não fique a procura de motivos que lhe tire o sabor dos ventos, pegue seu barquinho e largue-se no mar com as velas abertas ao vento e o rosto respigado de sal. Seja por você e largue as amarras do mundo!

Nelson Mattos Filho/Velejador

Capitania dos Portos do Rio Grande do Norte terá novo comando

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Na próxima Terça-Feira, 24/01, o Capitão-de-Fragata Alan Kardec Mota, transmite o cargo de Capitão dos Portos do Rio Grande do Norte ao Capitão-de-Fragata Rodolfo Gois de Almeida. A cerimônia será na sede da Capitania dos Portos, às 10 horas da manhã. O comandante Alan Kardec é mais um amigo que embarcamos para formar a grande tripulação do Avoante e que deixa Natal para assumir um novo comando na Marinha do Brasil. As fotos acima mostram o comandante Alan Kardec em várias momentos que pudemos compartilhar de sua presença e amizade.

Apoio náutico boa praça em Maceió

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Essa figura que pangaia a canoa e o Lêleu, um alagoano que está sempre a postos, junto com outros, para desembarcar pescadores e velejadores que chegam ao fundeadouro de Maceió. Dificilmente colocamos o bote de apoio na água para o desembarque na capital alagoana e essa turma raramente deixa a gente na mão. A exceção fica para quando a cachaça fala mais alto e a turma esquece a gente na praia, mas ai já é outra história. Essa forma de remar é quase uma marca registrada desses taxistas náuticos de Maceió e é uma alegria desfrutar da convivência amiga e boa praça desse povo. Todos eles já sabem que quando Lucia vai desembarcar exige que a canoa esteja o mais próximo possível da areia, mas nem sempre a coisa funciona e tome reclamação dela e replica deles dizendo assim: Dona Lucia, não tem jeito, sempre que a senhora vai descer a onda já sabe é molha seus pés. Eu pulo antes e fico me divertindo com o barulho. Pode ser Lêleu, Carlinhos, Neném e outros, mas quando você passar por Maceió não deixe de se servir do trabalho dessa turma amiga e divertida, pois eles tem sempre bons serviços a oferecer. 

De volta a casa

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Já estamos de volta a Natal e perfeitamente alinhados com os encontros e festejos que regem os ventos e os mares do grupo de velejadores do Iate Clube do Natal. Chegamos na madrugada da Segunda-Feria, 16/01, e fomos recepcionados pelo casal de bem com a vida e o mundo, Antônio e Rosangela. Entrando de cabeça no forte regime de engorda dos encontros de vela, na tarde/noite da Segunda-Feira, 16/01, nos reunimos em torno da mesa do tradicional Café da Segunda e na Quarta-Feira, 18/01, enveredamos pelos mares do encontro de velejadores para assistir a palestra do casal médico/velejador Fernando e Marta, que teve como título: Não fique engembrado, nem descadeirado no seu lazer. Agora vamos caçar as velas e acelerar a manutenção do Avoante, para, o mais breve possível, retornarmos ao mar.

Um domingo entre amigos

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Uma das melhores coisas de morar a bordo de um veleiro, e viver a vida navegando por ai, são as amizades que se multiplicam a cada lufada de vento. Saber manter essas amizades com carinho e atenção é o mínimo que podemos fazer, e disso não abrimos mão. Conhecemos o casal Hugo e Catarina Vidal em Salvador há menos de um ano, mas parece que faz uma eternidade. Em Outubro passaram por Natal em direção ao Caribe, deixaram o barco em Saint Martin e retornaram a Salvador para ajudar os filhos Daniel, Davi e Carina na administração do Hotel Praia da Sereia nessa alta estação de verão. Quando souberam que estávamos em Salvador com o veleiro Malaika, convidaram para dormir uma noite na casa deles e almoçar no dia seguinte no Hotel. Como convidado sempre convida mais um, convidamos para o almoço o casal de amigos Nelson e Sonia Tonussi que veio acompanhado da filha Nadja e do genro Jean, outra família que temos o maior carinho. Formamos uma grande mesa para degustar deliciosas moquecas de peixe e camarão e passamos o resto da tarde num gostoso bate papo, com Hugo e Catarina contado as últimas do Caribe. 

O Salame de Polvo

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Os sabores do mundo são diversos, mas tem alguns que mexem com a nossa curiosidade. Tempos atrás vimos no blog do Maracatu um post sobre um delicioso salame de polvo servido num boteco próximo ao Largo de Roma na cidade de Salvador/BA. No ano passado marcamos uma ida ao local, mas no dia programado recebemos a triste notícia que um incêndio, durante a madrugada, havia destruído tudo. Ficamos com o gosto de polvo queimado na boca, mas  certos que o proprietário iria reconstruir tudo e um dia provaríamos da iguaria. Esse ano, depois de atracar o veleiro Malaika na marina Angra dos Veleiro, ligamos para os amigos Vera e Davi Hermida para saber por onde eles andavam e agradecer ao Davi a liberação da vaga na marina. Eles falaram que estavam na Cantina do Julius se deliciando com o tal salame de polvo que há muito estávamos desejando. Amanda, minha filha, e Diego, meu genro, vieram nos pegar para jantar e não contamos conversa: Levamos eles para conhecer e saborear o Salame de Polvo. O prato é inigualável, super delicioso e imperdível. O dono da Cantina do Julius, que se chama Carlinhos, é uma figura impar e recebe os frequentadores com muita alegria e um bom papo. Só uma dica: Mesmo que você não goste de polvo a ida a Cantina do Julius e recomendada, pois o cardápio é bem variado e a cerveja é estupidamente gelada. Amanda que chegou dizendo não gostar de polvo, descobriu que gostava e ainda fez pose ao meu lado para mostrar que é tão linda quanto o Pai. 

Um Anjo nas águas da Bahia

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Esse post era para ter sido publicado ontem, Domingo 15/01, mas como esse mundo da informática é meio misterioso, ontem meu computador achou de não trabalhar. Por sorte, recebi a assessoria de Daniel Vidal, filhos dos queridos amigos Hugo e Catarina Vidal, que deixou seus afazeres de administrador no Hotel Praia da Sereia, na praia de Itapuã/BA, e passou o dia recolocando os miolos no bicho.

O Sábado amanheceu chuvoso e com cara que não daria vez a nossa vontade de velejar, mas Dona Welshe, esposa do comandante Noronha, disse que queria velejar de qualquer maneira e que um banho de chuva até que seria bem vindo. Assim é que se fala! Quando o tempo deu um vacilo, soltamos a amarra, levantamos as velas e fomos saindo de fininho pelo canal do Aratu. Eu tinha planejado ir até a praia do Loreto, por trás da Ilha do Frade, mas com aquele tempo incerto, achei por bem propor que velejássemos até o Farol da Barra, aproveitando a maré de vazante, apreciando a beleza da capital baiana, e retornássemos na maré de enchente numa velejada gostosa e que seria o batismo de Dona Welshe nas águas do Senhor do Bonfim. O comandante aceitou a proposta e eu segui em frente. No fogão Lucia dava vida a um delicioso Risoto de Rúcula com Tomate Seco, deixando a nossa fome com um misto de euforia e desejo. Vento bom, mar de almirante e o Malaika navegando macio e se achando o máximo recebendo a bordo seus felizes proprietários. Barco tem alma! Na língua Swahili Malaika significa “Anjo” e o comandante Noronha não poderia escolher outro nome para dar vida novamente a esse grande barco. O Anjo velejava pela Bahia e a cada milha navegada seus proprietários se encantavam cada vez mais com ele. Eu, no meu cantinho do cockpit, sorria aliviado e feliz por ter trazido esse barquinho e ter ajudado a proporcionar toda essa felicidade a eles. Voltamos ao Aratu Iate Clube quando o Sol já se encaminhava lentamente para o poente, trazendo o belo espetáculo diário de beleza,  cores e encantamento. Essa velejada, que espero seja o início de uma bela história no mar da família Noronha, marcou também a nossa despedida do Malaika, um barco que aprendemos a amar, respeitar e que nos acolheu durante 12 dias. Desejamos paz e que os ventos e os mares sejam sempre suaves com o “Anjo”. Ao amigo Noronha e sua esposa Dona Welshe agradecemos de todo coração o convite e a confiança em nos ter entregue o comando desse barco maravilhoso.