Arquivo do mês: agosto 2016

Aí tem coisa!

mapservO Cptec/Inpe diz assim: Nesta quinta-feira (01/09) permanece a condição para pancadas de chuva em partes do Norte, Centro-Oeste (MT, GO e DF) e Sudeste do Brasil. Na faixa entre o sul de MG, norte de SP, no RJ e no sul do ES, as pancadas deverão ser mais generalizadas e, pontualmente, podem vir acompanhadas de descargas elétricas e ventos fortes. Chuvas fracas e isoladas no litoral leste do Nordeste e nas demais regiões do Brasil o dia será de tempo firme e predomínio de sol.
Obs: Texto referente ao dia 31/08/2016-17h07

O Havaí passa a ter a maior reserva marinha do mundo

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O presidente dos EUA, Barack Obama, criou na última sexta-feira, 26/08,  a maior reserva ambiental do mundo, quadruplicando o tamanho do Monumento Nacional Marinho Papahanaumokuakea, um parque marinho localizado a noroeste do Havaí. O Monumento foi criado em 2006, pelo presidente George W. Bush, e em 2010 foi declarado Patrimônio Mundial da Unesco. Agora o parque marinho passa a ter 1,5 milhão de quilômetros quadrados, cerca de quatro vezes o tamanho da Califórnia. As águas de Papahanaumokuakea abrigam corais e animais não encontrados em nenhum lugar do mundo, entre eles a foca monge e a tartaruga verde, animais em acelerado processo de extinção. É por lá que vive o polvo fantasma e é encontrado o coral negro, que segundo os estudos, é o organismo vivo mais antigo do planeta, com mais 4.200 anos. Aproximadamente 14 milhões de aves fazem seus ninhos na área do Monumento, inclusive o albatroz Wisdom, que tem 65 anos idade. A decisão do presidente Obama foi festejada por ambientalistas e criticada por entidades que defendem os interesses pesqueiros no Pacífico, já que a área  protegida se estende por até 320 quilômetros da costa. A natureza agradece! Fonte: G1

Mais um ouro para a vela brasileira

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Quem quiser que feche os olhos e se apegue com sua cruz e sua crença, mas para mim, os resultados das Olimpíadas Rio 2016 foram mais do que satisfatórios para o Brasil, em todos os sentidos, e os atletas e organização estão de parabéns. Mas, antes que você se avexe em interrogações, essas duas sorridentes velejadoras não estavam lá, até porque, a modalidade que escolheram para enveredar no iatismo, Classe Snipe, não faz parte do quadro das modalidades olímpicas. Infelizmente, mas nem sempre tudo é como queremos. Voltemos ao tema motivo dessa postagem. Logo que saíram os resultados do iatismo nas Olimpíadas ouve uma gritaria quase generalizada no meio náutico porque nossos atletas ficaram aquém do esperado. Os gritos foram acalmados pelo ouro, mais do que merecido, das meninas da classe 49er FX. Mesmo assim ouvi ecos surdos que falavam não existir renovação no iatismo brasileiro e até quem dissesse que a equipe brasileira era composta de figuras marcadas ou com sobrenome famoso. Até o campeão Robert Scheidt foi taxado de velho, como se a idade tirasse o brilho de sua genialidade. Reconheço que existe sim uma falta de interesse coletivo no iatismo, mas não podemos generalizar, porque tem muita gente, e alguns clubes brasileiros, apostando em novos valores e incentivando o futuro do esporte a vela, e quem tem apostado, navega colhendo excelentes frutos. Dois desses frutos estão a bordo do Snipe que ilustra esse post, as velejadoras do Yatch Clube da Bahia, as baianinhas Juliana Duque e Amanda Sento Sé, que sagraram-se campeãs mundiais, no Lago di Bracciano, Itália. O campeonato mundial foi realizado entre os dias 26 e 29 de agosto. Mais uma vez a vela brasileira mostra o seu valor e eu fico aqui, a olhar o horizonte e sonhando com novos rumos e desejoso que os ventos alísios varram a poeira de egos que toma conta dos nossos clubes náuticos. Parabéns as velejadoras baianas e ao Yacht Clube da Bahia, clube que não larga a mão da escota e nem deixa a deriva suas escolinhas de vela.

 

Olhe a pedra aí!

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Rapaz, eu no maior sossego na praia Enxu Queimado/RN, curtindo um ócio voluntário, nem sempre criativo e gostoso que só vendo, e o planeta Terra sendo bombardeado por pedras atiradas por baladeiras intergalácticas. Em tempo de levar um peteleco no kengo sem nem saber de onde vinha a bronca. Pois é, notícias que correm pelo vácuo internético dão conta que um asteroide passou raspando em nosso planetinha metido a único na madrugada do último sábado, 27/08. Os fuxiqueiros espaciais, munidos de possantes telescópios, foram surpreendidos e ficaram de boca aberta com a ousadia do pedregulho fumegante, pois o bicho passou espanando poeira e tirando um fino de menos de uma quarto de distancia entre a Lua e nós. Os cientistas dizem que o 2016 QA2, nome de batismo do asteroide, por enquanto, devido a sua órbita, não oferece perigo real a Terra. Mas que eles ficaram assustados, ficaram. Os homenzinhos verdes estão atirando cada vez mais perto!     

Concurso Meu Pôr do Sol no Diário do Avoante – 2ª Edição

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Hoje abrimos a segunda edição do concurso fotográfico Meu Pôr do Sol no Diário do Avoante, e dessa vez o foco deve ser ajustado para que na imagem do pôr do sol tenha um ou mais barcos. Para participar, basta enviar uma foto – apenas uma por participante – para o email avoante1@gmail.com, até o dia 23 de outubro de 2016, seguindo algumas regras claras e simples. As fotos serão expostas aqui e avaliadas por três jurados. Os três primeiros colocados receberão como prêmio produtos da linha Mimos de Bordo, produzidos por Lucia.

REGULAMENTO

1. Cada participante terá direito a enviar uma foto, no formato JPG, do Pôr do Sol e que tenha um ou mais barcos na imagem;

2. A foto não deve passar por nenhum editor de imagem,  a não ser os recursos da própria máquina;

3. A foto será enviada para o e-mail: avoante1@gmail.com até o dia 15 de outubro de 2016;

4. A foto não pode ser identificada com o nome do autor ou outro símbolo que o represente. A identificação do autor (nome, endereço e local da foto) deve ser enviada apenas no corpo do email;

5. As fotos serão exibidas no blog Diário do Avoante, sem identificação do autor, até a data do resultado, a medida que forem sendo enviadas;

6. Três jurados, indicados pelo editor do blog, farão a escolha e o resultado será divulgado no blog no dia 30 de outubro de 2016;

7. Os três primeiros colocados receberão como prêmio produtos Mimos de Bordo, produzidos por Lucia.

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O lusco fusco

Adote uma árvore

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Em junho de 2013, numa de nossas andanças rodoviárias pelas cidades do Recôncavos Baiano, visitamos a fábrica de charutos Dannemann, no município de São Felix/BA, visita relatada aqui na postagem, São Feliz, a ponte e o charuto. Na ocasião da visitação as instalações da  Dannemann, e depois de conhecer vários tipos de folhas de tabaco e ter dado umas baforadas num Panatela, fomos convidados a preencher um cupom, com nossos dados, para participar da campanha de reflorestamento da região da Mata Fina. Dias depois, recebemos um certificado do plantio das nossas árvores, com o nome da fazenda, o tipo da árvore, o nome da muda e número do lote. Ficamos surpresos com a organização e a seriedade com que o projeto estava sendo levando em frente. Em junho desse 2016, três anos após nossa visita e adesão ao projeto de reflorestamento, recebemos email do Sr. Geraldo de Menezes, diretor da empresa, dando conta da fase de crescimento das árvores plantadas na fazenda Santo Antônio, na Bahia, o que nos deixou felizes. A árvore plantada em nome de Lucia é o Pau PomboTapirira guianensis, – a primeira imagem. Em meu nome foi plantado um pé de Jenipapo – a segunda imagem –, Genipa americana. O projeto já plantou mais de 74 mil árvores. “É fácil cortar uma árvore, o difícil é mantê-la viva”.    

Energia

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Energia: fontes e distribuição

 

 

O retrato

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A poesia é livre…

Uai! Parte 9

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Minas Gerais tem muitos caminhos, mas tem aqueles que se destacam em importância, apesar de traçarem rumos que margeiam os principais corredores rodoviários.

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Estrada Real, a maior rota turística do Brasil, com mais de 1.680 quilômetros de extensão entre os estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo, tem como objetivo valorizar a cultura, a beleza e as tradições ao longo do percurso. A estrada, que originalmente é uma trilha, foi construída pela Coroa Portuguesa no século 17, para escoar a produção de ouro e diamante até o porto do Rio de Janeiro. O Instituto Estrada Real, órgão criado em 1999 pelo sistema FIEMG – Federação da Indústria do Estado de Minas Gerais – para fomentar e gerenciar o turismo autosustentável ao longo da trilha, beneficiando 199 municípios, criou o Passaporte da Estrada Real, um documento simbólico voltado para os viajantes que desejarem registrar a passagem pelos caminhos da história. O passaporte deve ser carimbado nos pontos oficiais, indicados pelo Instituto, e ao ser totalmente preenchido, o viajante recebe um certificado.

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Lucia fez o nosso registro no site do Instituto para retirar o documento, que é entregue mediante a doação de um quilo de alimento não perecível, e apesar de termos andando um bocado, muito ficou a ser feito em outras oportunidades. O roteiro que planejamos valorizava algumas cidades as margens da velha estrada, contudo, os desejos de um viajante são como barcos a vela que seguem de acordo com o sopro do vento e nem sempre os ventos casam com os desejos. De uma coisa eu sei: – A Estrada é uma viagem a parte e vale ser conhecida em sua essência.

20160527_104658Na página anterior desse relato havíamos deixado para trás a maravilhosa arquitetura de Diamantina e as cachoeiras de Beribiri para pegar a estrada que nos levaria a Ouro Preto. Pouco mais de 385 quilômetros separam os dois destinos turísticos mais famosos e a viagem é bastante prazerosa. Não levamos em consideração o tempo de viagem e nem nos preocupamos com a hora de chegar a Ouro Preto, queríamos mais era curtir a viagem sem pressa, sem atropelos e parando em pontos que nos chamasse atenção, como uma lanchonete que anunciasse deliciosas pamonhas ou outra que nos chamasse para experimentar um sanduíche de pão com linguiça. As estradas mineiras são verdadeiros SPAs de engorda.

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Após cinco horas de viagem chegamos enfim a Ouro Preto, cidade Patrimônio Cultural da Humanidade, uma obra de arte a céu, um dos mais belos e encantadores conjuntos arquitetônicos do Brasil, cidade onde a história brasileira é contada em cada passo que damos sobre becos e ruas seculares. Ouro Preto é um quadro poético de um artista das telas emoldurado por uma paisagem natural do reino das utopias. Chegamos e fomos brindados por um frio maravilhoso que nos fez entrelaçar os braços sobre o peito, como aquele gostoso e simbólico gesto universal de quem abraça o mundo.

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A cidade Patrimônio é sim tudo o que está escrito nos folhetos turístico e mais um pouco. O difícil é não se sentir envolvido pela vida que ali existiu em séculos passados. Os museus são de um primor de deixar o visitante boquiaberto. O Museu da Inconfidência, que não pode ser fotografado internamente, dá para sentir os passos e a as vozes de homens e mulheres que se engajaram em um ideal e deram o pescoço para que pudéssemos estar vivendo dias de liberdade de pensamentos e sonhos. Pensar hoje em um Brasil tolhido da riqueza desses ideais é o mesmo que levar novamente a forca aqueles que deram a vida para que tivéssemos um futuro melhor. Muitos subiram ao cadafalso com um sorriso estampado no rosto, porque mesmo condenados, sabiam que a vitória caminhava a passos largos.

1 maio IMG_0004 (829)20160529_160810Mas é no Museu dos Contos que a história estapeia nossa cara e nos faz refletir. O museu conta em detalhes o que gerou a riqueza desse país maravilhoso, diversificado e multicultural. Dotado de uma suntuosa e bem preservada arquitetura, o Museu dos Contos reserva o mais mágico dos seus cômodos para que possamos pedir perdão e envergonhar-se pela crueldade dos nossos antepassados. A Senzala – assim mesmo com “S” maiúsculo -, não existe palavras para descrevê-la, pois simplesmente o nó que trava a garganta só nos permite a reflexão e a emoção. – Como somos cruéis!

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Dentro daquela Senzala escutei um comentário que até hoje ecoa em meus ouvidos: “Olhando o que existe dentro dessa senzala, fico a imaginar o que fizeram aqueles que combateram a ditadura militar para merecerem mensalmente milionárias indenizações, enquanto os negros vivem questionados apenas por serem beneficiados por um simples sistema de cotas…”.

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O título de Patrimônio Cultural da Humanidade é pouco para Ouro Preto.

Nelson Mattos Filho/Velejador