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Regatas – Formulário de protesto

FORMULARIO

Modelo de formulário de protesto que deverá ser adotado por alguns clubes náuticos, organizadores de regatas, a partir de 2024.

Hip Hip Hurra!

JONAS

Jonas Gomes (654 – Borrachudo) foi 49ª nos barcos de série da Mini Transat em Santa Cruz de La Palma. Ele cruzou a linha de chegada da 1ª etapa neste sábado, 7 de outubro, às 1h32h39 (horário francês). Foram 11 dias, 11 horas, 54 minutos e 39 segundos desde Les Sables d’Olonne. “Estou muito feliz. Eu estou tipo: uau! Quando olho para trás e penso no que fiz, fico muito emocionado. Tudo está indo bem no barco, embora tivesse quase 40 nós no cabo Finisterre. Ainda não estou pronto para a próxima ainda , agora mais querendo descansar um pouco e verificar o barco. Mas depois disso, estarei pronto. No momento estou exausto e acho que vou dormir bem! Há alguns dias fiquei enjoado, o que raramente acontece comigo. Fiquei muito mal nos primeiros momentos e depois melhorou. Felizmente estava tudo bem no barco. Foi ótimo navegar em condições que não estou acostumado com este barco. Tive um vento em popa bastante forte. Eu não tinha navegado muito neste barco nestas condições antes. Foi ótimo experimentar isso. Sinto-me mais confiante agora para o futuro!”. Que venha a segunda perna pro Caribe. Jonas é orgulho pra vela nacional!”

Assim escreveu o jornalista, escritor, velejador e militante das causas do iatismo Murillo Novaes, um cabra arretado.

Pois é, tem Brasil na Mini Transat 2023, uma das mais importantes e disputadas regatas transoceânicas que em edições passada teve como porto final o Centro Náutico da Bahia, diante dos encantos e balangandãs de Salvador, mas segundo contam a boca pequena, mudou o rumo para as águas caribenhas por falta de incentivos e grana.

A Mini Transat é uma regata em solitário com barcos monotipo de 6,5 metros, criada em 1977. A prova idealizada por Bob Salmon que procurava reviver o espirito de aventura das primeiras regatas transatlânticas, onde os barcos dispunham apenas do necessário a técnica e segurança do navegador. Hoje em dia os participantes podem utilizar GPS e VHF, mas continua proibido a utilização de recursos para leitura meteorológica por satélite ou repasse dessas informações por equipes de apoio.

A 24ª edição da Mini Transat teve como porto de partida a cidade de Les Sables d’Olonne, França, e devido a distância a ser percorrida, mais de 4 mil milhas náuticas, tem parada nas Ilhas Canárias e como porto final a cidade de Saint-François, localizada no extremo sudeste de Guadalupe, arquipélago das Antilhas Francesas, no Mar do Caribe.

A prova é considerada como a porta de entrada de velejadores no seleto mar dos grandes nomes da vela mundial, mas têm aqueles que participam simplesmente para realizar um sonho e ao fazê-lo, cravam seu nome no panteão dos valentes do mar, como é o caso dos brasileiros Izabel Pimentel, Kan Chun e agora Jonas Muro, um bravo e dono de uma história de vida maravilhosa. E como bem disse Murillo Novaes: “Jonas é orgulho para a vela brasileira!”

Água, água, água para o Borrachudo!!

Caça a vela, Jonas, você merece todas as glórias!!!

Nelson Mattos Filho

34ª REFENO – “Aos homens do mar”

REFENO

Próximo sábado, 23/09, acontecerá a largada para a 34ª REFENO – Regata Recife/Fernando de Noronha. Com mais de 90 barcos escritos a prova promete ser uma das mais disputadas devido a lista dos barcos anunciados, entre eles o recordista da prova, com menos de 15 horas para cruzar às 300 milhas entre Recife e a Ilha Maravilha de Fernando de Noronha, em 2007, o catamarã Adrenalina Pura, que na época navegou defendendo as cores da Bahia e este ano volta revigorado defendendo a bandeira de Pernambuco. Por mais de 11 anos participei da prova a bordo do Avoante e dois outros veleiros de amigos e hoje fico na saudade e na torcida por todos que participam dessa prova que é a cereja do bolo de todo velejador brasileiro. Deixo aqui o meu abraço aos que fazem o Cabanga Iate Clube de Pernambuco, aos comandantes e tripulantes, presenteando-os com duas poesias, escritas pelo saudoso Doutor Perboyre Sampaio, outrora tripulante do veleiro potiguar Jazz II.

Vale registrar que a primeira poesia virou canção e elas foram escritas após receber o convite para participar da REFENO 2005. Até aí Perboyre nunca havia velejado.

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REFENO – Água! Água! Água…

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As inscrições para a 33ª REFENO – Recife/Fernando de Noronha, que larga dia 24 de setembro de 2022 no Marco Zero do Recife, estão de vento em popa e para quem ainda não garantiu presença está aí um bom incentivo para participar e cravar o nome na história da prova, entrando no rol dos veleiros que completaram às 300 milhas de velejada com o tempo abaixo de 30 horas. Por enquanto apenas 13 veleiros conseguiram a proeza e a lista, que nos foi enviada pelo comandante Vicente Gallo, do trimarã pernambucano Ave Rara,  é encabeçada pelo catamarã baiano Adrenalina Pura, que em 2007 fez a travessia em 14hs34min54seg.

Homem ao mar

HOMEM AO MAR

Numa manhã de sol, sob a sombra de um palhoção de clube náutico, caiu sobre a mesa o assunto “homem ao mar” e um velejador, desses que só vai ao mar em anos bissextos, se não chover, disse que isso não era problema que preocupasse um bom comandante, porque o resgate era a coisa mais fácil do mundo. Alguns participantes do bate-papo tentaram argumentar, mas o soberbo não deixou barato. Apenas observei o moído e preferi me entreter com a cerveja estupidamente gelada e com os toros da apetitosa costela saindo da churrasqueira. No dia seguinte fiquei sabendo que o ilustre comandante tampa de crush, certa feita lançou uma defensa ao mar, para mostrar como fazer o resgate de um tripulante, e nunca mais recuperou o equipamento, por mais que tentasse. Felizmente a experiência foi com uma defensa – equipamento de borracha usado para proteger os bordos, proa e popa de uma embarcação. Pois é, a manobra homem ao mar não é uma operação fácil e a cada milésimo de segundo torna-se complicada e torturante. Deveria ser manobra treinada a exaustão, principalmente em mar de agitação moderada e forte. Não basta simplesmente olhar e decorar o traçado da ilustração acima, porque na hora da verdade a verdade é outra.          

Tragédia no mar

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O World Cruising Club, líder mundial em rally de barcos a vela, com nove eventos distinto acontecendo a cada ano, anuncia acidente com morte e ferido durante a noite do dia 26 de novembro. 

O World Cruising Club lamenta a morte do tripulante Max Delannoy a bordo do iate ARC Agecanonix durante a noite de 26/27 de novembro. As circunstâncias completas do incidente não são conhecidas neste momento.

Os três homens, todos tripulantes franceses, estavam navegando Agecanonix, um X-Yachts X4.3, como parte da ARC IRC Racing Division, e haviam optado por um curso bem ao norte da rota da linha de lodo para Santa Lúcia, visando evitar os ventos fracos que afetam a rota sul perto de Cabo Verde.

Uma ligação em maio foi feita do Agecanonix por volta da meia-noite de 26/27 solicitando uma evacuação médica. Infelizmente, o tripulante ferido Max Delannoy foi declarado morto antes que qualquer ajuda externa pudesse ser fornecida.

O MRCC France Gris-Nez esteve inicialmente envolvido no controlo do incidente, antes de passar para o MRCC Ponta Delgada, nos Açores, como estação mais próxima do Agecanonix. A pedido do MRCC, o navio de cruzeiro PV Mein Schiff 1, desviou para evacuar Philippe Anglade, que também estava ferido, Jean-Philippe Anglade e o corpo de Max Delannoy.

PV Mein Schiff 1, chegou à posição de socorro como planejado por volta das 21:30 UTC (27 de novembro). O clima local era de leste Força 8, com mar agitado de 4-5 metros.
O navio maior foi posicionado para criar um sotavento para a operação de resgate. Após avaliar a situação, o barco de resgate do navio foi implantado e começou a se aproximar do Agecanonix. Durante este tempo, os ventos começaram a soprar para + 40kts e Agecanonix começou a ficar fora de controle e a operação de resgate teve que ser abortada. PV Mein Schiff 1 então permaneceu nas proximidades esperando que o tempo melhorasse e pela luz do dia.
Por volta das 14:00 UTC de hoje, 28 de novembro, o MRCC Ponta Delgada comunicou que a operação de resgate foi concluída com sucesso, estando a tripulação e o falecido a salvo a bordo, tendo o PV Mein Schiff 1 encaminhado para o Funchal, Madeira. O Agecanonix foi abandonado na posição aproximada 29 ° 3,71 N, 026 ° 30,38 W e continua a ser rastreado pelo MRCC através do rastreador YB a bordo.
Nossos pensamentos estão muito voltados para as famílias Anglade e Delannoy durante este período triste e difícil.
O World Cruising Club também gostaria de expressar sua sincera gratidão a todos os funcionários do MRCC envolvidos na coordenação do incidente, e em particular ao Capitão, oficiais e tripulação do PV Mein Schiff 1.

Registro histórico do iatismo do Rio Grande do Norte

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Nos tempos áureos das regatas de snipe no Brasil, veleiros rápidos e extremamente técnicos – como bem diz um velho marinheiro: Snipe não aceita comando de velejador meia-boca –, anos 60 e 70, o Iate Clube do Natal foi um dos baluartes, figurava entre os grande clubes náuticos, capitaneou aguerridas regatas e os snipistas norteriograndese eram respeitados e reconhecidos como adversários difíceis de serem batidos. Aliás, a flotilha de snipe foi a pedra fundamental do clube potiguar, tendo a frente o eterno Fernando Gomes Pedroza, patrono do clube. Mas foi-se o tempo…! A imagem que ilustra a postagem, enviada pelo comandante Flávio Alcides Araújo, é um registro histórico da primeira e única regata de Snipes entre Natal/Pirangi – 16 milhas náuticasem 1970, há 51 anos. Em cima, da esquerda para a direita: Miguel do Espírito Santo; Beto Leite; Caboté do Espírito Santo (Neto de Miguel); Maurício Cariello. No meio: Otávio Cavalcante; Ulisses Cavalcante; Flávio Alcides; João Cavalcante (Pavão). Agachado: Fernando Gomes Pedroza.

É assim!

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No meio náutico, de esporte e recreio, sempre ouvi sonhos serem discorridos com paixão e brilho nos olhos sob o aconchego de varandas debruçadas sobre rios e mar, para em seguida se perderem por entre as últimas gotas da garrafa de bebida servida sobre a mesa.  A frase de Garrett Murray tem manequim universal, mas deveria ser estampada no portão de entrada de todo clube náutico.   

Regatas

FORMULARIO

Claro que não é o caso das regatas Brasil afora, pois todas acontecem e terminam na paz dos anjos, porém, como tudo tem a primeira vez… 

Corrigindo o rumo

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Pois foi, na hora de caçar a vela puxei a escota errada e só dei por fé quando o barco panejou e a tripulação, sempre alerta, gritou: – Comandante, qual o rumo mesmo?  No texto, O velejador que faz bumbo, o Gustavo, Guga, é o Peixoto, o Pacheco é o “Rato”, que não faz bumbo, mas assim como o outro é lenda viva do iatismo brasileiro. E sendo assim, a cabeça de vento desse escrevinhador trocou Peixoto por Pacheco, mas já desfez o rebuliço