Arquivo da categoria: Coisas do Mar

Hip Hip Hurra!

JONAS

Jonas Gomes (654 – Borrachudo) foi 49ª nos barcos de série da Mini Transat em Santa Cruz de La Palma. Ele cruzou a linha de chegada da 1ª etapa neste sábado, 7 de outubro, às 1h32h39 (horário francês). Foram 11 dias, 11 horas, 54 minutos e 39 segundos desde Les Sables d’Olonne. “Estou muito feliz. Eu estou tipo: uau! Quando olho para trás e penso no que fiz, fico muito emocionado. Tudo está indo bem no barco, embora tivesse quase 40 nós no cabo Finisterre. Ainda não estou pronto para a próxima ainda , agora mais querendo descansar um pouco e verificar o barco. Mas depois disso, estarei pronto. No momento estou exausto e acho que vou dormir bem! Há alguns dias fiquei enjoado, o que raramente acontece comigo. Fiquei muito mal nos primeiros momentos e depois melhorou. Felizmente estava tudo bem no barco. Foi ótimo navegar em condições que não estou acostumado com este barco. Tive um vento em popa bastante forte. Eu não tinha navegado muito neste barco nestas condições antes. Foi ótimo experimentar isso. Sinto-me mais confiante agora para o futuro!”. Que venha a segunda perna pro Caribe. Jonas é orgulho pra vela nacional!”

Assim escreveu o jornalista, escritor, velejador e militante das causas do iatismo Murillo Novaes, um cabra arretado.

Pois é, tem Brasil na Mini Transat 2023, uma das mais importantes e disputadas regatas transoceânicas que em edições passada teve como porto final o Centro Náutico da Bahia, diante dos encantos e balangandãs de Salvador, mas segundo contam a boca pequena, mudou o rumo para as águas caribenhas por falta de incentivos e grana.

A Mini Transat é uma regata em solitário com barcos monotipo de 6,5 metros, criada em 1977. A prova idealizada por Bob Salmon que procurava reviver o espirito de aventura das primeiras regatas transatlânticas, onde os barcos dispunham apenas do necessário a técnica e segurança do navegador. Hoje em dia os participantes podem utilizar GPS e VHF, mas continua proibido a utilização de recursos para leitura meteorológica por satélite ou repasse dessas informações por equipes de apoio.

A 24ª edição da Mini Transat teve como porto de partida a cidade de Les Sables d’Olonne, França, e devido a distância a ser percorrida, mais de 4 mil milhas náuticas, tem parada nas Ilhas Canárias e como porto final a cidade de Saint-François, localizada no extremo sudeste de Guadalupe, arquipélago das Antilhas Francesas, no Mar do Caribe.

A prova é considerada como a porta de entrada de velejadores no seleto mar dos grandes nomes da vela mundial, mas têm aqueles que participam simplesmente para realizar um sonho e ao fazê-lo, cravam seu nome no panteão dos valentes do mar, como é o caso dos brasileiros Izabel Pimentel, Kan Chun e agora Jonas Muro, um bravo e dono de uma história de vida maravilhosa. E como bem disse Murillo Novaes: “Jonas é orgulho para a vela brasileira!”

Água, água, água para o Borrachudo!!

Caça a vela, Jonas, você merece todas as glórias!!!

Nelson Mattos Filho

Aos terrícolas

GERONIMO

O velejador argentino Geronimo Saint Martin, que da vida ao texto Um Grande Velejador, no meu livro, Diário do Avoante, é um mito da vela de cruzeiro e o tenho como um dos grandes – tenho poucos – gurus no fascinante universo da navegação. Recentemente, na sua página do Facebook, ele chamou atenção e listou, num gostoso portunhol, alguns perigos que corre um terrícola ao convidar um navegador para um bate-papo. Para quem não acredita no alerta de Geronimo, basta fazer um teste.

ATENÇÃO TERRÍCOLAS

Geronimo Saint Martin

Os perigos de convidar um navegante para sua casa.

Quando um decide abrir as portas da sua casa para um navegante, tem que saber que corre riscos. O navegante vai estar disposto a compartilhar suas vivências, ensinar um pedacinho do mundo, que talvez, ainda não conhece e cada palavra pode ser transformada em motivação, e precisa ser feita.

PERIGO Nº 1:

Que encha sua casa de anedotas de todo o mundo e você fique flutuando entre nuvens cheias de histórias de continentes distintos.

PERIGO Nº 2:

Que te cozinhe um prato típico do seu país, e te mude para sempre os preconceitos sobre a comida internacional.

PERIGO Nº 3:

Que ele te dê um pedacinho do seu coração e se torne seu amigo.

PERIGO Nº 4:

Que você se torne parte da sua família e que cada vez mais pessoas esperando sua visita em qualquer lugar do mundo.

PERIGO Nº 5:

Que você devolva o direito de confiar nas pessoas, neste mundo que a confiança é quase um mito.

E por último, o mais perigoso de todos.

PERIGO Nº 6:

Que te contagie a vontade de viajar, e que o desejo vá tomando a tua alma até que não haja volta atrás e seja você a que vai lembrar os mares e portos do mundo.

Anjos da vida

ESQUADRÃO FALCÃO

O Esquadrão Falcão da Base Aérea de Natal, em Parnamirim, foi acionado na tarde da última sexta-feira, 15/07, pelo COMAE – Comando de Operação Aeroespaciais, para fazer o resgate de um homem, a bordo de um pesqueiro a 120 milhas náuticas do litoral do Rio Grande do Norte, acometido de hipotensão e desidratação, causados por forte diarreia. Segundo o comandante da aeronave, Capitão Aviador Alan Dickson, a cobertura de nuvens, a proximidade do pôr do sol e o pequeno porte da embarcação dificultou a operação, mas a boa coordenação entre a equipe da aeronave, composta por 09 militares, sendo 3 pilotos, 1 mecânico, 2 operadores de equipamentos, 3 homens de resgate, 1 médica e um enfermeiro, e a tripulação do pesqueiro, que teve que posicionar a vítima na água para facilitar o içamento, foi determinante para o sucesso da operação. Essa foi a segunda operação de resgate no mar em menos de 72 horas. Na quarta-feira, 13, o Esquadrão Falcão foi acionado para resgatar o tripulante de um navio panamenho, que seguia do Brasil rumo aos EUA, com suspeita de AVC. A operação foi realizada a 60 milhas náuticas de Fortaleza/CE e a 258 de Natal/RN.

 

REFENO – Água! Água! Água…

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As inscrições para a 33ª REFENO – Recife/Fernando de Noronha, que larga dia 24 de setembro de 2022 no Marco Zero do Recife, estão de vento em popa e para quem ainda não garantiu presença está aí um bom incentivo para participar e cravar o nome na história da prova, entrando no rol dos veleiros que completaram às 300 milhas de velejada com o tempo abaixo de 30 horas. Por enquanto apenas 13 veleiros conseguiram a proeza e a lista, que nos foi enviada pelo comandante Vicente Gallo, do trimarã pernambucano Ave Rara,  é encabeçada pelo catamarã baiano Adrenalina Pura, que em 2007 fez a travessia em 14hs34min54seg.

Novo dique flutuante em Natal

dique flutuante

Quando as coisas não servem para uma coisa devem servir para outras e está sendo assim com o alardeado Terminal Pesqueiro de Natal, que por “descuido” técnico dos seus idealizadores e projetistas, jamais entrou em operação, apesar das sucessivas e festivas solenidades de inauguração. Um espaço ao lado do Terminal foi cedido a uma empresa privada para abrigar um novo dique flutuante para realizar manutenções em embarcações de até 200 toneladas, o que deverá dar novo ânimo ao setor náutico, comércio e na geração de empregos.  Há muito Natal necessitava de um equipamento dessa envergadura para atender a navegação pesqueira e amadora. O único equipamento existente, o antigo Dique Flutuante Cidade do Natal, da Marinha do Brasil e sediado na Base Naval de Natal, era grande demais e inviável, em termos de custos, para a embarcações de médio e pequeno porte. O equipamento da armada naval brasileira foi construído há 78 anos nos Estados Unidos e incorporado a U.S. Navy. Em 1966 o dique de concreto, com 118 metros de comprimento e capacidade para 2,8 toneladas, foi emprestado a Marinha do Brasil que o adquiriu definitivamente em 1977. Neste 2022, após bons serviços prestados e necessitando cada vez mais de manutenção,  o dique octogenário foi posto a leilão e arrematado, segundo consta, por R$ 307 mil. O novo dique, de iniciativa privada, chega em boa hora, porque embarcações de médio porte ou pequenos navios que precisavam ser retiradas da água para manutenção abaixo da linha d’água, ou mais específicas, tinha que se deslocar até Areia Branca/RN, Fortaleza/CE,  Belém/PA ou Itajaí/SC a um custo médio de viagem de mais de R$ 50.000,00. Um dos primeiros reflexos do novo dique flutuante é a geração de empregos diretos. O equipamento começou a operar, em fase de teste, dia 19 de maio, e na primeira embarcação recebida já trabalham 19 funcionários, soldadores, montadores, caldeireiros, eletricistas, mecânicos, dentre outros. O professor da UFRN e especialista em pesca e aquicultura, Antonio-Alberto Cortez,  em entrevista ao Jornal Tribuna do Norte, destaca: “Tendo-se um estaleiro aqui, essas viagens para tão longe serão dispensadas. E todos os insumos relativos à necessidade da recuperação da embarcação são adquiridos no comércio local…Para operar o estaleiro, você vai ter uma série de técnicos, de pessoas capacitadas para atuar nos diversos segmentos laborais que a recuperação de uma embarcação exige…Na medida em que a recuperação da embarcação vai sendo procedida, toda uma demanda de insumos passa a ocorrer. Isso dinamiza, por exemplo, uma loja comercial no Alecrim que vende chapas de aço, por exemplo, e agora vai vender toneladas”. Ponto para a Cidade do Natal e mais um bom motivo a ser acrescentado as aspirações dos que sonham com a implantação de uma, ou várias, marina em Natal.

Veleiro Guga Buy de volta para casa

GUGA BUY

O veleiro GugaBuy, do comandante nota mil, Eduardo Zanella (Zanellinha), está de volta ao Brasil, depois de mais de quatro anos navegando nas águas geladas do fim do mundo, e quem conta um pouquinho da pernada da volta, deixando a gente com água na boca, é a velejadora arretada Chris Amaral, em sua página no Facebook. 

Por Chris Amaral

Ontem dia 10 de maio de 2022, às 14:30 a tripulação do Guga Buy zarpou rumo ao Atlântico, depois de mais de 51 meses navegando no Pacífico, na região Patagônica, nosso aventureiro Veleiro está voltando para o Brasil.

Eles passaram a noite em Cabo Gregório e zarparam de manhã para Punta delgada, o último ancoradouro para aguardar a mudança de maré e o vento sul para seguirem viagem até Puerto Deseado, na Argentina.

Sigo enviando os prognósticos de tempo para a tripulação 2x por dia.

Bons ventos tripulação do Guga buy.

Vou contar um pouco como é navegar no

Estrecho de Magallanes.

Todas as 5 vezes que passei por aqui, com 4 tipos de embarcações foi completamente diferente, o único denominador comum é a correnteza.

Em marés de lua cheia ou nova, que alcança até 11m, mantém um fluxo avassalador de águas, nas 2 primeiras angostura a maré enche no sentido Atlântico/Pacífico, em velocidades de 3 a 8 nós, e esquece tudo o que vc sabe sobre marés e correntes, existe um delay, de 2 a 3 horas para que se inverta a correnteza mesmo depois da maré começa a encher ou vazar.

A distância da porta de entrada do estreito de Magalhães, no Atlântico, até o fim da segunda angostura é de 90 milhas náuticas, com profundidades superiores a 70m no meio do canal.

Existem pouca ancoragens boas e seguras nesse trecho para aguardar a inversão da correnteza.

E ainda temos o vento, personagem mais intenso e presente nessas regiões, são os raros momentos de calmaria.

O elemento vento é uma presença forte, castiga, fustiga as árvores e os barcos.

Com todas as informações técnicas que existem hoje, as tábuas de marés, motores e tecnologia para navegação todas as vezes que passei por ali pensei em Fernando de Magalhães, Joshua Slocum, Fritz Roy, entre tantos outros que ali passaram. Qual seria o pensamento deles, como foi para Magalhães entrar num lugar que nem sabia se tinha saída?

E todos os velejadores sem motor, enfrentando aquelas correntezas e ventos constantes que sopram na maioria das vezes contra o seu rumo.

É um lugar para poucos sim, mas é um lugar possível, para quem se prepara.

Homem ao mar

HOMEM AO MAR

Numa manhã de sol, sob a sombra de um palhoção de clube náutico, caiu sobre a mesa o assunto “homem ao mar” e um velejador, desses que só vai ao mar em anos bissextos, se não chover, disse que isso não era problema que preocupasse um bom comandante, porque o resgate era a coisa mais fácil do mundo. Alguns participantes do bate-papo tentaram argumentar, mas o soberbo não deixou barato. Apenas observei o moído e preferi me entreter com a cerveja estupidamente gelada e com os toros da apetitosa costela saindo da churrasqueira. No dia seguinte fiquei sabendo que o ilustre comandante tampa de crush, certa feita lançou uma defensa ao mar, para mostrar como fazer o resgate de um tripulante, e nunca mais recuperou o equipamento, por mais que tentasse. Felizmente a experiência foi com uma defensa – equipamento de borracha usado para proteger os bordos, proa e popa de uma embarcação. Pois é, a manobra homem ao mar não é uma operação fácil e a cada milésimo de segundo torna-se complicada e torturante. Deveria ser manobra treinada a exaustão, principalmente em mar de agitação moderada e forte. Não basta simplesmente olhar e decorar o traçado da ilustração acima, porque na hora da verdade a verdade é outra.          

Aviso aos navegantes

AVISO AOS NAVEGANTES

A tempestade subtropical Ubá, canoa indígena na linguagem tupi-guarani, que provou cenas desoladoras e causou a morte de 4 pessoas no extremo Sul da Bahia, continua navegando pelo litoral entre o Sul e o Sudeste, deixando a Marinha do Brasil em alerta máximo. A orientação é para que as pequenas embarcações permaneçam no porto e quanto as demais, que seus comandantes tomem tento e abram o olho. Para quem quer saber qual o ritmo que a banda está tocando, basta ler a partitura:

METEOROMARINHA DE 10/DEZ/2021 – 1200Z

DATA E HORA REFERENCIADA NO FUSO ZULU

PRESSAO EM HECTOPASCAL – HPA
VENTO NA ESCALA BEAUFORT
ONDAS EM METROS

ANÁLISE DO TEMPO EM 101200

TEMPESTADE SUBTROPICAL UBÁ COM PRESSÃO CENTRAL ESTIMADA DE 997HPH EM 31S041W, MOVENDO-SE PARA SUL COM VENTOS DE ATÉ 35 NÓS E RAJADAS DE ATÉ 40 NÓS.

ZONA DE CONVERGÊNCIA DO ATLÂNTICO SUL (ZCAS) EM 16S038W, 21S035W E 24S033W.

ZONA DE CONVERGÊNCIA INTERTROPICAL (ZCIT) EM 06N020W, 04N030W, 00N040W E 00N045W.

PREVISÃO DO TEMPO VÁLIDA DE 110000 ATÉ 120000

ÁREA ALFA (DE ARROIO CHUÍ ATÉ CABO DE SANTA MARTA)

PANCADAS ISOLADAS A LESTE DE 046W. VENTO SW/SE 4/5 COM RAJADAS RONDANDO PARA NW/SW 2/4 A LESTE DE 048W E SE/NE 2/4 NO RESTANTE DA ÁREA. ONDAS DE SE/E 3.0/3.5 A LESTE DE 048W E 1.5/3.0 NO RESTANTE DA ÁREA, PASSANDO 1.5/2.0. VISIBILIDADE MODERADA DURANTE AS PANCADAS.

ÁREA BRAVO (DE CABO DE SANTA MARTA ATÉ CABO FRIO – OCEÂNICA)

PANCADAS ISOLADAS AO SUL DE 28S. VENTO NW/SW 2/4 RONDANDO PARA NE/NW 3/5. ONDAS DE SW/SE 1.5/3.0. VISIBILIDADE MODERADA DURANTE AS PANCADAS.

ÁREA CHARLIE (DE CABO DE SANTA MARTA ATÉ CABO FRIO – COSTEIRA)

PANCADAS ISOLADAS JUNTO À COSTA. VENTO SE/NE 2/4 RONDANDO PARA E/NE 3/5 COM RAJADAS. ONDAS DE SE/E 1.0/2.0. VISIBILIDADE MODERADA DURANTE AS PANCADAS.

ÁREA DELTA (DE CABO FRIO ATÉ CARAVELAS)

PANCADAS OCASIONALMENTE FORTES E TROVOADAS ISOLADAS AO NORTE DE 24S E A LESTE DE 041W. VENTO SE/NE RONDANDO PARA NE/N NO FINAL DO PERÍODO, 3/5 COM RAJADAS. ONDAS DE SE/NE 1.0/2.0. VISIBILIDADE MODERADA/RESTRITA DURANTE AS PANCADAS.

ÁREA ECHO (DE CARAVELAS ATÉ SALVADOR)

PANCADAS ISOLADAS. VENTO E/NE 2/4. ONDAS DE E/NE 1.0/2.0. VISIBILIDADE MODERADA DURANTE AS PANCADAS.

ÁREA FOXTROT (DE SALVADOR ATÉ NATAL)

PANCADAS ISOLADAS AO NORTE DE 10S. VENTO SE/NE 3/4. ONDAS DE SE/E 1.5/2.5. VISIBILIDADE MODERADA DURANTE AS PANCADAS.

ÁREA GOLF (DE NATAL ATÉ SÃO LUÍS)

PANCADAS ISOLADAS AO NORTE DE 03S. VENTO SE/NE 3/5 COM RAJADAS. ONDAS DE SE/NE 1.5/2.5. VISIBILIDADE MODERADA DURANTE AS PANCADAS.

ÁREA HOTEL (DE SÃO LUÍS ATÉ CABO ORANGE)

PANCADAS OCASIONALMENTE FORTES E TROVOADAS ISOLADAS. VENTO SE/NE 4/6 COM RAJADAS. ONDAS DE E/NE, 1.0/2.0 JUNTO À COSTA E 2.0/3.0 NO RESTANTE DA ÁREA. VISIBILIDADE MODERADA/RESTRITA DURANTE AS PANCADAS.

ÁREA SUL OCEÂNICA

SUL DE 30S – OESTE DE 030W

PANCADAS OCASIONALMENTE FORTES E TROVOADAS ISOLADAS. VENTO SE/NE RONDANDO PARA NE/NW 8/9 COM RAJADAS. ONDAS DE SE/NE 3.0/5.0 PASSANDO NE/NW 2.0/3.0 NO FINAL DO PERÍODO. VISIBILIDADE MODERADA/RESTRITA DURANTE AS PANCADAS.

SUL DE 30S – LESTE DE 030W

PANCADAS OCASIONALMENTE FORTES E TROVOADAS ISOLADAS. VENTO SE/NE RONDANDO PARA E/NE 3/5. ONDAS DE SW/SE 1.5/2.5. VISIBILIDADE MODERADA/RESTRITA DURANTE AS PANCADAS.

ENTRE 30S E 25S

PANCADAS OCASIONALMENTE FORTES E TROVOADAS ISOLADAS A OESTE DE 030W. VENTO NE/NW 5/7 COM RAJADAS PASSANDO 3/4 A OESTE DE 030W E E/NE 2/4 NO RESTANTE DA ÁREA. ONDAS DE NW/SW 1.5/2.5 A OESTE DE 030W E SE/NE PASSANDO SW/SE 1.0/2.0 NO RESTANTE DA ÁREA. VISIBILIDADE MODERADA/RESTRITA DURANTE AS PANCADAS.

NORTE DE 25S

PANCADAS OCASIONALMENTE FORTES E TROVOADAS ISOLADAS AO SUL DE 22S E A OESTE DE 032W. VENTO NE/NW 3/5 COM RAJADAS RONDANDO PARA E/NE 3/4 AO SUL DE 22S E A OESTE DE 032W E SE/NE 3/4 NO RESTANTE DA ÁREA. ONDAS DE SE/NE 1.0/2.0. VISIBILIDADE MODERADA/RESTRITA DURANTE AS PANCADAS.

ÁREA NORTE OCEÂNICA

PANCADAS OCASIONALMENTE FORTES E TROVOADAS ISOLADAS AO NORTE DE 01N E PANCADAS ISOLADAS ENTRE 10S E 01N. VENTO SE/E AO SUL DE 01N E SE/NE NO RESTANTE DA ÁREA, 3/5 COM RAJADAS. ONDAS DE SE/E AO SUL DE 01N E SE/NE NO RESTANTE DA ÁREA, 1.5/2.5. VISIBILIDADE MODERADA/RESTRITA DURANTE AS PANCADAS.

Peixe X-Burguer

peixe x burguer

Como bem diz meu amigo Pedrinho de Lucinha, lá do paraíso/praia de Enxu Queimado/RN: “No mar tem todo modelo de criatura”. Não duvido, pois a cada dia surge um escavacador dos segredos abissais apresentando criaturas que parecem saídas das telas dos filmes de terror. Nesses primeiros dias de dezembro o pescador russo, Roman Fedortsov, que vira e mexe apresenta criaturas estranhas em suas mídias sociais, postou a foto de um sandubão, desculpe, uma coisa e perguntou o que era. Os leitores não deixaram por menos e a grande maioria respondeu que era um cheeseburguer. Muitos não acreditaram quando Roman informou que se travada de um peixe. O feioso, que passa longe de ser apetitoso, continua sem identificação cientifica, mas popularmente já foi batizado: Peixe X-Burguer.

Tragédia no mar

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O World Cruising Club, líder mundial em rally de barcos a vela, com nove eventos distinto acontecendo a cada ano, anuncia acidente com morte e ferido durante a noite do dia 26 de novembro. 

O World Cruising Club lamenta a morte do tripulante Max Delannoy a bordo do iate ARC Agecanonix durante a noite de 26/27 de novembro. As circunstâncias completas do incidente não são conhecidas neste momento.

Os três homens, todos tripulantes franceses, estavam navegando Agecanonix, um X-Yachts X4.3, como parte da ARC IRC Racing Division, e haviam optado por um curso bem ao norte da rota da linha de lodo para Santa Lúcia, visando evitar os ventos fracos que afetam a rota sul perto de Cabo Verde.

Uma ligação em maio foi feita do Agecanonix por volta da meia-noite de 26/27 solicitando uma evacuação médica. Infelizmente, o tripulante ferido Max Delannoy foi declarado morto antes que qualquer ajuda externa pudesse ser fornecida.

O MRCC France Gris-Nez esteve inicialmente envolvido no controlo do incidente, antes de passar para o MRCC Ponta Delgada, nos Açores, como estação mais próxima do Agecanonix. A pedido do MRCC, o navio de cruzeiro PV Mein Schiff 1, desviou para evacuar Philippe Anglade, que também estava ferido, Jean-Philippe Anglade e o corpo de Max Delannoy.

PV Mein Schiff 1, chegou à posição de socorro como planejado por volta das 21:30 UTC (27 de novembro). O clima local era de leste Força 8, com mar agitado de 4-5 metros.
O navio maior foi posicionado para criar um sotavento para a operação de resgate. Após avaliar a situação, o barco de resgate do navio foi implantado e começou a se aproximar do Agecanonix. Durante este tempo, os ventos começaram a soprar para + 40kts e Agecanonix começou a ficar fora de controle e a operação de resgate teve que ser abortada. PV Mein Schiff 1 então permaneceu nas proximidades esperando que o tempo melhorasse e pela luz do dia.
Por volta das 14:00 UTC de hoje, 28 de novembro, o MRCC Ponta Delgada comunicou que a operação de resgate foi concluída com sucesso, estando a tripulação e o falecido a salvo a bordo, tendo o PV Mein Schiff 1 encaminhado para o Funchal, Madeira. O Agecanonix foi abandonado na posição aproximada 29 ° 3,71 N, 026 ° 30,38 W e continua a ser rastreado pelo MRCC através do rastreador YB a bordo.
Nossos pensamentos estão muito voltados para as famílias Anglade e Delannoy durante este período triste e difícil.
O World Cruising Club também gostaria de expressar sua sincera gratidão a todos os funcionários do MRCC envolvidos na coordenação do incidente, e em particular ao Capitão, oficiais e tripulação do PV Mein Schiff 1.