Das conjunturas


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– Vamos combinar assim: Quando as coisas do tempo estiverem sob as ordens do El Niño, teremos menos chuva e quando La Niña assumir o comando do pedaço, teremos mais chuva, Ok? –  Não! – Como assim não? Pois é, é complicado alinhar as ideais quando queremos dar pitacos na queda-de-braço entre o casalzinho andino, porque basta um olhar atravessado, entre as partes, para o clima do planetinha azul virar de ponta cabeça e endoidar o cabeção da galera que cuida das coisas do tempo. Desde julho de 2023 que a nossa vida é regida pela batuta do El Niño e desde lá caminhamos como a cantora Simone, sem saber como será o amanhã. Alias, a única regra que bate com o manual de instrução do menino andino é o calor de lascar moleira que assola as terras de Pindorama de cabo a rabo, porque o demais está tão embaralhado que mais parece jogo de quebra-cabeça e por mais que os cientistas do tempo se reúnam, por mais que tentem falar uma linguagem inteligível, mais as nuvens e os ventos se danam em demostrar o contrário. A nota conjunta do INPE/INMET, em julho de 2023, apostava que   “…as previsões dos modelos climáticos globais indicam mais de 90% de probabilidade de que o de El Niño continue a se manifestar pelo menos até o final do ano. Quanto a sua intensidade, os modelos sugerem a sua continuidade com intensidade moderada, podendo atingir a categoria de intensidade forte.” Já estamos no final de abril de 2024 e o que assistimos é a “criaturinha” mandando ver no reboliço, despejando chuva adoidado pelos sertões nordestinos e fazendo a festa de um povo. O que ficou acordado na última quinta-feira, (25), na Reunião de Análise Climática e Prognóstico para o Rio Grande do Norte, coordenada pela Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (EMPARN), em conjunto com especialistas de todos os centros de meteorologia do Nordeste, é que no meu torrão natal, os meses de maio, junho e julho serão de chuva acima da média e o litoral potiguar será o mais chovido. Ah, e que La Ninã já está com a mala de travessuras prontinha para entrar em cena. Bem, vamos aguardar a próxima nota de conjuntura, mas enquanto isso, o que mostra o gráfico dos satélites do CPTEC/INPE é que o final de semana, pelo Nordeste, será chuvoroso. 


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