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Regata do descobrimento 2000. Diário de bordo do navegador – II

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Dia 16 resolvemos largar antes da regata. A caravela saiu às 03:00. Parati resolveu sair cedo também, às 11. Às 12:30 estavam no mar: Parati e Hozoni com proa em Las Palmas de Gran Canária, Curumii com mestra no 1ºrizo, andando a 5 nós e Arribasaia com tudo em cima a 6,5 nós, proa em Mindelo. Decididos os turnos, Felipe 12-15, Nobbi 15-18, Sérgio 18-21. Às 15:30 tinhamos andado 23 milhas, V=6,5nós, T=21,5°C, P=1023, Umidade relativa 67%, vento E 15-20 nós.

Nobbi ficou na cabina grande, a meia nau; Felipe e Rose se mudaram para a cabine de popa a boreste. Mila e eu na cabine de popa a bombordo, desde Lisboa. Às 12h do dia 17 tínhamos um progresso de 144 milhas, vento NE18nós, temperatura 22°C, rumo M212. Ninguém enjoou à vera. Vento em popa ~150°, armado em asa de pombo desde ontem à tarde. Gastamos 1/10 do tanque d’água. Ao por do sol morreu uma albacora macho, 4,5 kg, que jantamos. Felipão chamou no VHF, em canal publico, o Parati, e Amir respondeu. – Quero falar com o Barba. Jamil ‘Barba’ é restauranteur sofisticado em São Paulo e estava de cozinheiro do Parati. Felipão explicou como foi preparado o peixe e pediu conselho a Barba de qual vinho devia servir, enquanto o pessoal da regata estava ouvindo e possivelmente comendo sanduíche com cerveja. Esse Felipão é mesmo abusado, mas no torneio de gamão até aqui está perdendo de 3×1, partidas de 15 pontos. Mas ele tem artes do cão! Já perdi para ele um torneio de ‘amarelinho’ na coroa do Morro de São Paulo.

Dia 18, de madrugada deixamos Las Palmas de Gran Canária no través, 50 milhas a bombordo. Vento NE 15 nós UR=81%, o que reduz a sensação de frio. Às 00:30 Ψ=29°20’N, λ=18°40’W. A bateria está sendo drenada rapidamente e precisamos ligar o motor para corrigir.

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