Planeta em fúria

Não é preciso mais do que um simples olhar sobre o movimento das forças da natureza para perceber que o planetinha azul está farto de nossas maledicências ambientais. Os fenômenos naturais estão a cada dia mais violentos e espalhados em várias frentes de ataque. O fundo do Oceano Atlântico, entre o Rio Grande do Norte e Ceará, numa tremeu tanto e em espaços tão curtos. Somente no mês de agosto foram mais de quatro tremores e todos com alertas de tsunamis, alertas esses prontamente apaziguados pelos senhores especialistas, mas que no fundo da alma, alguns circuitos internos teimavam em manter acesa a luz encarnada.  A Europa queima, a África queima, a Ásia queima, o mundo está virando uma queimada só, e até a Amazônia que sempre queimou, continua queimando. Vulcões considerados extintos voltaram a ferver e cuspir labaredas, os Polos, Norte e Sul, derretem feito manteiga, chuvas torrenciais ameaçam cidades em períodos historicamente secos e até os tradicionais ventos de agosto que assanham dunas e praias do Nordeste brasileiro, estão mais avexados do que o normal. – E o furacão Dorian? Pois é, chegou chegando sobre as Bahamas, devastando tudo e ceifando vidas durante mais de 24 horas. A fera irradiou tanta força sobre o arquipélago caribenho, que seguiu em busca das terras do Tio Sam meio que enfraquecido, mas ainda cuspindo fogo pela venta. As notícias dão conta que o furacão Dorian é o segundo mais poderoso a atingir as águas do Atlântico Norte, ficando atrás do Allen, outra fera criada nos terreiros de Iansã, em 1980. Por essas horas, 22h50min/terça-feira/horário brazuca, Dorian deve estar bagunçando o coreto e tocando terror nas cidades do litoral leste dos EUA. Será que o planetinha azul, sempre tão permissivo dessa vez resolveu botar ordem na casa? Se assim for, já está bem atrasado!